terça-feira, 29 de abril de 2014

Curiosidades sobre o descobrimento do Brasil

descobrimento do Brasil não é somente um marco histórico do nosso calendário que relembramos todo dia 22 de abril. É também uma data que faz referência a vários fatos interessantes e curiosos que aconteceram durante a expedição de Pedro Álvares Cabral até chegar às terras brasileiras.


Expedição de Cabral
Cabral era o capitão-mor do Rei Manual I e por isso recebeu o poder de comandar uma frota de 13 navios composta de aproximadamente 1500 tripulantes. Todo custo era compensado pelas especiarias obtidas na expedição feita no continente africano (Cabo do Bojador, Cabo da Boa Esperança e Calecute).
Cientista na tripulação de Cabral
Era conhecido como Mestre João. Foi contratado para estudar todo continente brasileiro inclusive os astros. O primeiro estudo foi medir a latitude da terra utilizando um astrolábio de madeira. O resultado foi 17º, ficando assim perto do número correto compreendido entre 16º a 22º.
Cabral não foi o primeiro a pisar em solo brasileiro
CURIOSIDADES SOBRE O DESCOBRIMENTO DO BRASIL
Cerca de dois anos antes da expedição de Cabral chegar ao Brasil, Duarte Pacheco Pereira foi quem pisou pela primeira vez no solo brasileiro.
A primeira missa em terra firme
Depois da descoberta do Brasil, no dia 1º de maio foi celebrada a 1ª missa em terra firme já que havido sido feita outra missa em uma ilha no dia 28 de abril. Toda tripulação cantava e carregava uma cruz com emblemas da realeza portuguesa ao lado do povo indígena. Após a celebração religiosa, o padre Frei Henrique distribuiu várias cruzes para os índios que ali estavam presentes. E assim começava a desenvolver o cristianismo no Brasil.
Primeira manifestação literária
Aconteceu com o chamado Quinhentismo. Foi uma literatura de informação que abrangeu todas as obras que ocorreram na época do descobrimento do Brasil durante o século XVI. Um grande exemplo de representante foi José de Anchieta. Quem era responsável por descrever toda trajetória da frota portuguesa até chegar ao território brasileiro era Cabra e Pero Vaz de Caminha.
Trechos da Carta do Mestre João (maio de 1550):
“Segunda feira, que foram 27 de abril, descemos em terra tomamos a altura do sol ao meio dia, segundo as regras do astrolábio, julgamos estar afastados da equinocial por 17º.”
“Não se pode tomar a (altura dos astros) com elas (tábuas da Índia) senão com muitíssimo trabalho, que, se Vossa Alteza soubesse como desconcertavam todos nas polegadas, riria disso mais que do astrolábio.”
CURIOSIDADES SOBRE O DESCOBRIMENTO DO BRASIL
Descoberto ou achado
Muito embora se afirme que Cabral descobriu o Brasil, isso não condiz com a verdade dos fatos. O Brasil foi “achado”, pois já havia vários povos nativos que viviam por aqui desde a pré-histórica.
Documentos 
Sobre a descoberta do Brasil existem várias cartas da época narrando como tudo aconteceu, mas documentos é a minoria. Existem dois entendimentos para explicar isso: um diz que tudo foi perdido no incêndio de Lisboa em 1580 ou no terremoto de 1755 e o outro afirma que não existe documentação por causa do sigilo que envolvia toda expedição de Cabral. Mas pode-se contar com a Carta de Pero Vaz de Caminha, a Carta do Mestre João e a Relação do Piloto Anônimo.

Teleaula: Chegada de Cabral ao Brasil

Na teleaula Visões do Paraíso, você vai viajar com Pedro Álvares Cabral e Pero Vaz de Caminha. Verá que, com os portugueses, aconteceu a mesma coisa que havia acontecido com os espanhóis: quando eles chegaram à terra onde hoje é o Brasil, pensaram que tinham chegado no paraíso. Além disso, saberá quais foram os primeiros experimentos de ocupação da terra e vai conhecer os motivos que determinaram a efetiva colonização dessa parte portuguesa da América.
PARTE 1
PARTE 2

Visita Virtual ao Museu do Oratório em Ouro Preto-MG


Museu do Oratório: Ouro Preto, Minas Gerais. Inaugurado em Ouro Preto, em outubro de 1998, o museu apresenta uma magnífica coleção – única em todo o mundo – de 162 oratórios e 300 imagens dos séculos XVII ao XX. O acervo oferece detalhes valiosos da arquitetura, pintura, vestuário e costumes da época em que foram produzidos.
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FILMOGRAFIA SOBRE TIRADENTES

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes,  foi um dentistatropeiromineradorcomerciantemilitar e ativista político que atuou no Brasil colonial , mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional. Abaixo seguem três filmes que contam, cada um a sua maneira, a história do personagem histórico.


Tiradentes, o Mártir da Independência é um filme brasileiro dirigido por Geraldo Vietri em 1976

Os inconfidentes é uma co-produção brasileira e italiana de 1972, do gênero drama histórico, dirigida por Joaquim Pedro de Andrade.

Tiradentes é um filme brasileiro de 1999, do gênero drama biográfico-histórico, dirigido por Oswaldo Caldeira.

CARTAZES DOS FILMES

15 curiosidades sobre Tiradentes

Dia 21 de abril é dia de Tiradentes, feriado nacional aqui no Brasil. Como historiador e professor de História, tratar deste assunto é fundamental. Porém, para não abordá-lo da mesma maneira que “zilhas” de historiadores em seus blogs e sites, vamos fazê-lo de forma diferente. Vou apresentar nesta lista, algumas curiosidades acerca deste homem que foi transformado em herói nacional.
As pinturas de Tiradentes mostradas no artigo foram feitas, respectivamente, por Décio Villares, Pedro Américo e Cândido Portinari. Percebam que todos eles representam Tiradentes como Cristo, apesar do rosto verdadeiro nunca ter sido realmente conhecido.
Pintura de Tiradentes com cabelos e barbas longas, feita por Decio Villares
- Seu nome completo era Joaquim José da Silva Xavier. Nasceu no ano de 1746, na Fazenda do Pombal, distrito de São João del Rey, em Minas Gerais. Porém, não há registro da data de seu nascimento, apenas do seu batismo, em novembro daquele mesmo ano.
- Ao contrário do que seu apelido insinua, Tiradentes não suportava arrancar dentes. Ele era muito mais a favor de preservar os dentes do que arrancá-los. Porém, quando arrancar era irremediável, ele colocava coroas artificiais, feitas de marfim e de osso de boi, que ele mesmo fabricava.
- Aos 40 anos, se apaixonou por Ana, uma menina de 15 anos, mas ela já estava prometida a outro homem. Tiradentes nunca se casou, mas teve 2 filhos – João, com Eugênia Joaquina da Silva, e Joaquina, com a viúva Antônia Maria do Espírito Santo.
- Tiradentes tentou várias profissões: dentista, tropeiro, minerador e engenheiro. Entrou, então, para a Sexta Companhia de Dragões de Minas Gerais, como alferes, uma espécie de segundo-tenente.
- Tiradentes está diretamente ligado ao movimento que ficou conhecido como “Inconfidência Mineira”. Os historiadores preferem “Conjuração Mineira” já que o que aconteceu em Minas Gerais foi um ato organizado para conquistar a independência do país e não um ato de deslealdade, traição ou infidelidade, que servem para traduzir a palavra inconfidência.
Pintura de Tiradentes esquartejado, feita por Pedro Américo
- Segundo relatos da época, Tiradentes era alto, magro e muito feio. Ele nunca usou barba e cabelos longos. Como militar, o máximo que se permitia era um discreto bigode. Ele foi enforcado no Rio de Janeiro, com a barba feita e o cabelo raspado, no dia 21 de abril de 1792.
- “Pois seja feita a vontade de Deus. Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria pela libertação da minha pátria”, teria dito Tiradentes ao ouvir serenamente a sua sentença de morte.
- Após o enforcamento, seu corpo foi esquartejado. As 4 partes foram postas em alforjes com salmoura, para serem exibidas no caminho entre Rio de Janeiro e Minas Gerais. A casa de Tiradentes em Vila Rica foi demolida, e o chão, salgado, para que nada brotasse naquele solo.
- A cabeça de Tiradentes foi levada do Rio de Janeiro para Vila Rica, em Minas Gerais e ficou exposta num poste em praça pública. Na terceira noite, foi roubada e nunca mais foi encontrada.
- Foi no Rio de Janeiro que Tiradentes entrou em contato com as idéias revolucionárias iluministas. O que poucos sabem, é que ele também se dedicou a projetos de melhoria urbana do Rio. Idealizou abastecimento regular da cidade, construção de moinhos, trapiches, armazéns, além de serviços de barcas de transporte de passageiros.
Pintura de Tiradentes esquartejado, feita por Cândido Portinari
- Ironicamente, 30 anos depois de ter projetado essas melhorias, Dom João VI mandou fazer a canalização do rio, seguindo os planos de Tiradentes. Em 1889, exatamente 100 anos depois, o engenheiro André Paulo de Frontin canalizou as águas da Serra do Tinguá, dentro dos mesmos moldes arquitetados pelo inconfidente.
- Tiradentes não foi considerado um herói tão logo morreu e só passou a ser cultuado 98 anos após a sua morte. Como defendia idéias iluministas republicanas e antimonarquistas, durante o período imperial brasileiro, seu nome quase não era citado.
- Em 1870, o movimento republicano o elegeu como mártir cívico-religioso e antimonarquista. A data de sua morte tornou-se feriado nacional em 1890. A primeira pintura oficial também data deste ano, de autoria de Décio Villares, que apresenta Tiradentes como Cristo, com barbas e cabelos longos.
- Tiradentes teve também exaltada sua imagem de militar patriota, quando nomeado patrono da nação pelo governo militar, em 1965, enquanto os movimentos de esquerda não deixaram de recorrer a ele como símbolo de rebeldia.
- Tiradentes é o único brasileiro cuja data de morte se comemora com um feriado nacional. É também o mais citado no Google, com mais de 2 milhões de páginas de referência no buscador.

Teleaula: Encontro Índio e Português

Na teleaula O encontro de dois mundos, você verá que a Europa e seus habitantes passaram por umagrande transformação no século XVIQuando os europeus chegaram ao continente americanoo encontro de duas culturas causou, primeiro, estranhamento; depois, choque; e, finalmente, a relação de dominaçãoOs europeus, aparentemente, venceram os ameríndios, mas também foram modificados por eles. O encontro de duas culturas marcou profundamente seus participantes, mudando suas vidas para sempre.
parte 1
parte 2


Documentário - Índios no Brasil

Dia do índio19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto-lei 5540 de 1943.


Abaixo, segue o documentário Índios do Brasil, que retrata os diferentes aspectos da sócio-cultura indígena brasileira.


25 curiosidades sobre os índios brasileiros

Dia 19 de abril é Dia do Índio. Nada mais justo do que utilizar esta data para relembrar alguns aspectos relacionados com a cultura indígena, a relação com os europeus e a situação dos índios no decorrer de nossa história. Assim, conheça 25 curiosidades sobre os índios brasileiros.
Pintura que mostra os índios presenciando a chegada dos portugueses ao Brasil
- Os povos que habitavam as Américas foram chamados pelos europeus de índios. O termo é uma invenção europeia e provém de um “erro histórico”. Ao chegar às Américas, os europeus achavam que tinham chegado nas Índias. Assim, os povos que habitavam o continente americano foram chamados de índios.
- Quando o Brasil foi conquistado, em 1500, os historiadores calculam que existiam aqui entre 3 milhões e 5 milhões de índios, divididos em 1.400 tribos. Havia três grandes áreas de concentração: litoral, bacia do Paraguai e bacia Amazônica.
- No Brasil, muitos índios foram capturados e escravizados. Os colonos diziam que os índios não eram gente, mas animais. Quando os padres jesuítas chegaram ao Brasil, começaram a reverter esse quadro. Em 1537, a bula Veritas Ipsa, editada pelo papa Paulo III, declarou que os índios eram “verdadeiros seres humanos”.
- As doenças trazidas pelos europeus causou a morte de vários habitantes da terra. Os indígenas não resistiam ao sarampo, varíola e gripe. Entre 1562 e 1563, cerca de 60 mil índios morreram por causa de duas epidemias de “peste de bexiga” (tipo de varíola).
- Atualmente, calcula-se que 400 mil índios ocupam o território brasileiro, divididos em 200 etnias e 170 línguas. Vale ressaltar que este cálculo considera apenas os indígenas que vivem em aldeias. Há estimativas de que, além destes, há entre 100 e 190 mil vivendo fora das terras indígenas.
Indígenas Brasileiros
 grão de guaraná lembra muito a figura de um olho humano. Isso deu margem a uma lenda espalhada pelos índios saterê-maué. A índia Unai teria tido um filho concebido por uma serpente e morto pelas flechadas de um macaco. No local em que ele foi enterrado, teriam nascido as primeiras plantas de guaraná.
- Os índios Xerente realizam um ritual para batizar suas crianças, chamado Uaké. Nele, a molecada participa de uma dança em círculo enquanto recebe seus nomes, que depois são anunciados de porta em porta.
Em 2004, foram realizados os Jogos Indígenas do Pará. 500 índios de 14 tribos participaram do evento, que teve competições de arco-e-flecha, cabo-de-guerra, arremesso de lança, lutas corporais, natação, canoagem, corrida de toras, maratona e atletismo.
- O Parque Nacional do Xingu é uma das maiores áreas indígenas da América Latina, com 26 mil quilômetros quadrados (quase o tamanho do Estado de Alagoas). Criado em 1961 para garantir melhores condições de vida e a posse da terra à população indígena local, abriga hoje 4 mil índios de 15 grupos diferentes.
- Os índios brasileiros adoram carne de macaco, considerada um prato muito especial. Quanto mais novo o macaco for abatido, mais macia é a carne. Os miolos são retirados e misturados a um molho ou pão. Os cérebros são ricos em gordura e proteína.
índios na floresta
- O tupi era uma das 1.200 línguas indígenas identificadas no Brasil no ano de 1500. Até meados do século 18, tratava-se do idioma mais falado no território brasileiro. Cerca de 20 mil palavras do atual vocabulário, como amendoim, caipira, moqueca, taturana e pipoca, derivaram dele.
- Quando Cabral chegou ao Brasil, a língua era falada numa faixa de 4 mil quilômetros, do norte do Ceará ao sul de São Paulo. O que predominava era o dialeto tupinambá, um dos cinco grandes grupos tupis. Os outros eram: tupiniquins, caetés, potiguaras e tamoios.
- Os bandeirantes se comunicavam em tupi. É por isso que tantos estados, municípios e rios têm nomes de origem indígena. Neste sentido, Paraná é “mar”; Pará é “rio”; Piauí é “rio de piaus” (um tipo de peixe); Sergipe é “no rio do siri”; Curitiba é “muito pinhão”; Pernambuco é “mar com fendas”, entre outros.
- Hoje restam 177 línguas indígenas. O antigo tupi foi uma das que desapareceram completamente. Em 1758, omarquês de Pombal, interessado em acabar com o poder da Companhia de Jesus no Brasil e em aumentar o domínio da metrópole portuguesa sobre a colônia, proibiu o ensino e o uso do tupi.
- Em 1955, o presidente Café Filho obrigou todas as faculdades de letras a incluir um curso de tupi no currículo.
Índios praticando rituais em aldeia
- Em 1910, o Marechal Rondon criou o SPI (Serviço de Proteção ao Índio). Os indígenas passaram a ter direito à posse da terra e seus costumes eram respeitados. A entidade foi substituída pela Funai (Fundação Nacional do Índio). O órgão federal que cuida hoje das nações indígenas foi criado em 5 de dezembro de 1967.
- Existem aproximadamente 200 grupos indígenas identificados. Mas os dez mais numerosos representam 43% de todo o contingente indígena brasileiro, que reúne 325.652 indivíduos. A maior parte (89.529) mora na Amazônia.
- A Funai calcula que, além das tribos já conhecidas, há em torno de 55 grupos totalmente isolados, todos em áreas remotas da Amazônia. Em junho de 1998, na divisa do Brasil com o Peru, uma equipe da Funai vislumbrou entre a copa das árvores doze malocas de uma tribo indígena até então completamente desconhecida.
- A Amazônia é a última região do planeta onde ainda vivem grupos humanos desconhecidos. Vivem em estágio bastante primitivo, caçando, pescando e, em alguns casos, cultivando pequenas roças. Essas tribos recebem da Funai a vaga denominação de “índios isolados”.
- Pelo Código Civil, o índio não tem direito à propriedade da terra das reservas. Ele tem a posse e o direito de usar o que nela existir (água, flora, fauna e minérios).
Índios praticando a antropofagia ritual
Canibalismo ou antropofagia consiste no ato de comer a carne de seres da mesma espécie. O termo vem da língua arawan, falada por uma tribo indígena da América do Sul. A prática, conforme afirmam estudiosos e arqueólogos, era comum em comunidades primitivas ao redor do mundo.
- Na época em que os portugueses chegaram ao Brasil, havia no país diversas tribos de índios canibais. Entre elas estavam os tupinambá, os potiguares, os caetés, os aimorés, os goitacás e os tamoios. Eles devoravam seus inimigos por vingança e acreditavam que, comendo seu corpo, adquiriam seu poder.
- O ritual de “degustação” humana incluía um período de engorda, em que a vítima era bem tratada e alimentada. Antes de sua morte, ela recebia o privilégio de passar uma noite de amor com uma das mulheres da tribo. Depois de morto, o corpo era dividido entre homens e mulheres.
- Relatos contam também que os tupis realizavam impressionantes cerimônias antropófagas coletivas. Homens, mulheres e crianças bebiam cauim e devoravam, animadamente, o inimigo assado em grelhas de varas. Até 2 mil índios celebravam o ritual comendo pequenos pedaços do corpo do prisioneiro.
- Os tamoios, por sua vez, tinham por costume permitir que o preso vingasse sua morte antes da execução. Ele recebia pedras para jogar contra os convidados, que vinham de longe para as festas. O carrasco colocava um manto de penas e matava a vítima com um golpe de borduna na nuca.

1º de maio - Dia do Trabalho - Evolução das relações trabalhistas



A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se para o mundo a partir do século XIX, alterando profundamente as relações sociais e econômicas no meio urbano e as condições de vida dos trabalhadores. A substituição da manufatura pela maquinofatura provocou um intenso deslocamento rural para a cidade, gerando enormes concentrações populacionais, excesso de mão-de-obra e desemprego.


Além disso, as condições de trabalho naquele período eram muito precárias. As primeiras máquinas utilizadas na produção fabril eram experimentais e, em razão disso, os acidentes de trabalho eram comuns. Os operários, desprovidos de equipamento de segurança, sofriam com constantes explosões e mutilações e não recebiam nenhum suporte de assistência médica, nem seguridade social. (Rossana Lana/SMABC Campanha salarial em empresa da Grande São Paulo - Campanha salarial em empresa da Grande São Paulo).


Neste contexto, começaram a surgir os primeiros protestos por mudança nas jornadas de trabalho. Apontada como a primeira lei trabalhista, o Moral and Health Act foi promulgado na Inglaterra por iniciativa do então primeiro-ministro, de Robert Peel, em 1802. Ele fixou medidas importantes, mas inadmissíveis hoje em dia: duração máxima da jornada de trabalho infantil em 12 horas, além de proibir o trabalho noturno.


Com as insatisfações dos trabalhadores em ascensão, ganharam força os movimentos socialistas que pregavam igualdade. Conscientes das condições precárias de trabalho, em 1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicaram o Manifesto Comunista, primeiro documento histórico a discutir os direitos do trabalhador.


Temendo adesões às causas socialistas, o chanceler alemão Otto von Bismarck impulsionou, em 1881, a criação de uma legislação social voltada para a segurança do trabalhador. Ele foi o primeiro a obrigar empresas a subscreverem apólices de seguros contra acidentes de trabalho, incapacidade, velhice e doenças, além de reconhecer sindicatos. A iniciativa abriu um precedente para a criação da responsabilidade social de Estado, que foi seguida por muitos países ao longo do século XX.


Por todo o mundo, a luta pelos direitos sociais começava a dar resultados. Na América, não foi diferente: a Constituição do México, promulgada em 1917, foi a primeira da História a prever a limitação da jornada de trabalho para oito horas, a regulamentação do trabalho da mulher e do menor de idade, férias remuneradas e proteção do direito da maternidade. Logo depois, a partir de 1919, as Constituições dos países europeus consagravam esses mesmos direitos.


Após a 1ª Guerra Mundial, o Tratado de Versalhes, que garantiu a criação da Organização Internacional de Trabalho (OIT), impulsionou a formação de um Direito do Trabalho mundial. Àquela época, o conflito entre o capital e o trabalho era visto como uma das principais causas dos desajustes sociais e econômicos que geraram a guerra.


Brasil - O trabalho livre e assalariado ganhou espaço após a abolição da escravidão no Brasil em 1888 e com a vinda dos imigrantes europeus para o País. Mas as condições impostas eram ruins, gerando no País as primeiras discussões sobre leis trabalhistas. O atraso da sociedade brasileira em relação a esses direitos impulsionou a organização dos trabalhadores, formando o que viriam a ser os primeiros sindicatos brasileiros.


As primeiras normas trabalhistas surgiram no País a partir da última década do século XIX, caso do Decreto nº 1.313, de 1891, que regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos. Em 1912 foi fundada a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT), durante o 4º Congresso Operário Brasileiro. A CTB tinha o objetivo de reunir as reivindicações operárias, tais como: jornada de trabalho de oito horas, fixação do salário mínimo, indenização para acidentes, contratos coletivos ao invés de individuais, dentre outros.


A política trabalhista brasileira toma forma após a Revolução de 30, quando Getúlio Vargas cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar de Direito do Trabalho no Brasil, assegurando a liberdade sindical, salário mínimo, jornada de oito horas, repouso semanal, férias anuais remuneradas, proteção do trabalho feminino e infantil e isonomia salarial.


O termo “Justiça do Trabalho” também apareceu pela primeira vez na Constituição de 1934, e foi mantida na Carta de 1937, mas só foi instalada de fato em 1941. A necessidade de reunir as normas trabalhistas em um único código abriu espaço para Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943. Entre os anos 1940 e 1953, a classe operária duplicou seu contingente. Aos poucos, também iam nascendo os sindicatos rurais.


O golpe militar de 1964 representou a mais dura repressão enfrentada pela classe trabalhadora do País. As intervenções atingiram sindicatos em todo o Brasil e o ápice foi o decreto nº 4.330, conhecido como lei antigreve, que impôs tantas regras para realizar uma greve que, na prática, elas ficaram proibidas.


Depois de anos sofrendo cassações, prisões, torturas e assassinatos, em 1970 a classe trabalhadora vê surgir um novo sindicalismo, concentrado no ABCD paulista. Com uma grande greve em 1978, os operários de São Bernardo do Campo (SP) desafiaram o regime militar e iniciaram uma resistência que se estendeu por todo o País.


Após o fim da ditadura em 1985, as conquistas dos trabalhadores foram restabelecidas. A Constituição de 1988 instituiu, por exemplo, a Lei nº 7.783/89, que restabelecia o direito de greve e a livre associação sindical e profissional.

1º de maio - Dia do Trabalho - História do Dia do Trabalho


O Dia do Trabalho, comemorado no Brasil e em várias partes do mundo em 1º de maio, é uma homenagem a uma greve ocorrida na cidade de Chicago (EUA) no ano de 1886. 


Dias depois, em 4 de maio de 1886, outra manifestação aconteceu em Chicago e resultou na morte de policiais e protestantes. O evento também foi um dos originários do Dia do Trabalho e ficou conhecido como Revolta de Haymarket. Três anos mais tarde, em 1889, o Congresso Internacional Socialista, realizado em Paris, adotou como resolução a organização anual, em todo 1º de maio, de manifestações operárias por todo o mundo, em favor da jornada máxima de 8 horas de trabalho. 



No ano seguinte, milhões de trabalhadores da Alemanha, Áustria, Hungria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Grã-Bretanha, Itália e Suíça fizeram valer as decisões do Congresso de 1889. O dia 1º de maio foi marcado por uma greve geral, onde os operários desfilaram pelas ruas de suas cidades para mostrar apoio à causa trabalhista. O dia passou a ser chamado de “Dia do Trabalho” e passava a comprovar o poder de organização dos trabalhadores em âmbito internacional. 






Dia do Trabalho no Brasil - A chegada dos imigrantes europeus ao Brasil trouxe ideias sobre princípios organizacionais e leis trabalhistas, já implantadas na Europa. Os operários brasileiros começaram a se organizar. Em 1917 aconteceu a Greve Geral, que parou a indústria e o comércio brasileiros. A classe operária se fortalecia e, em 1924, o dia 1º de maio foi decretado feriado nacional pelo presidente Artur Bernardes.



Mesmo tendo sido declarado feriado no Brasil, até o início da Era Vargas o 1º de maio era considerado um dia de protestos operários, marcado por greves e manifestações. A propaganda trabalhista de Getúlio Vargas habilmente passou a escolher a data para anunciar benefícios aos trabalhadores, transformando-a em “Dia do Trabalhador”. Dessa forma, o dia não mais era caracterizado apenas por protestos, e sim comemorado com desfiles e festas populares, como é até hoje.

10 curiosidades sobre o Dia do Trabalho

No dia 1º de maio, comemora-se o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador, como forma de celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. Esta lista vai mostrar algumas curiosidades relacionadas ao Dia do Trabalho. 
Desenho do protesto entre os trabalhadores de Chicago
- Em Chicago, milhares de trabalhadores protestavam contra a enorme carga horária pela qual eram submetidos, ou seja, 13 horas diárias. A proposta era reduzir para 8 horas diárias, como é hoje (geralmente…).
- Além da diminuição da carga horária, os trabalhadores também exigiam descanso semanal remunerado e um período anual de férias, direitos trabalhistas que ainda não existiam na época.
- A escolha da data de 1° de maio ocorreu para homenagear os trabalhadores mortos pela repressão policial nos Estados Unidos. No entanto, as mortes só passaram a ocorrer a partir do dia 03 de maio.
- Apesar da escolha da data ter sido feita por membros da Segunda Internacional Socialista, os oito organizadores das manifestações eram militantes anarquistas, não socialistas.
- Os organizadores das manifestações foram denominados Mártires de Chicago. No monumento erguido a eles, estava o seguinte epíteto: “Um dia nosso silêncio será mais forte que as vozes que hoje vocês estrangulam”.

Desenho das exigências dos trabalhadores de Chicago

- Em 23 de Abril de 1919, o senado francês proclamou feriado nacional no dia 1° de Maio. Em 1920, foi a vez da União Soviética. Aqui no Brasil, o primeiro de maio é comemorado desde o ano de 1925.
- Os Estados Unidos não comemoram o Dia do Trabalho no dia 1° de maio, e sim na primeira segunda-feira de setembro. Na Austrália comemora-se a data em duas ocasiões: na parte ocidental, em 04 de março e, na parte meridional, em 07 de outubro.
- Em 1940, o presidente Getúlio Vargas utilizou o 1° de maio para anunciar o novo salário mínimo. Em 1941, a data foi usada para marcar a criação da Justiça do Trabalho, que visava resolver os conflitos existentes entre os trabalhadores e seus patrões.
- Como Vargas utilizava a data para apresentar boas notícias aos trabalhadores, a data perdeu seu sentido original. Até então marcado por piquetes e protestos, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares.
- Mesmo sendo um feriado nacional no Brasil, a Bahia ficou 55 anos sem comemorar a data porque os governantes acreditavam que era uma contradição não trabalhar no dia do Trabalho.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

VÍDEOS: Persas, Fenícios e Hebreus

Teleaula: Fenícios e Hebreus


History Channel - Construindo um império - Os Persas



GRANDES CIVILIZAÇÕES - OS HEBREUS



Grandes Civilizações: Império Persa


RESUMO: Persas, Fenícios e Hebreus

RESUMO FENÍCIOS
RESUMO HEBREUS
RESUMO PERSAS


QUIZ: Persas, Hebreus e Fenícios

QUIZ HEBREUS
QUIZ FENÍCIOS
QUIZ PERSAS

QUESTÃO: Judaísmo e Islamismo

Na prova do Enem 2008, tente resolver esta questão sobre aspectos de ordem cultural e histórica que unem o islamismo e o judaísmo, duas das maiores religiões da atualidade. A resolução está logo abaixo da questão.


Existe uma regra religiosa, aceita pelos praticantes do judaísmo e do islamismo, que proíbe o consumo de carne de porco. Estabelecida na Antiguidade, quando os judeus viviam em regiões áridas, foi adotada, séculos depois, por árabes islamizados, que também eram povos do deserto.
Essa regra pode ser entendida como
a) uma demonstração de que o islamismo é um ramo do judaísmo tradicional.
b) um indício de que a carne de porco era rejeitada em toda a Ásia.
c) uma certeza de que do judaísmo surgiu o islamismo.
d) uma prova de que a carne do porco era largamente consumida fora das regiões áridas.
e) uma crença antiga de que o porco é um animal impuro.
Resposta: Letra E

DOCUMENTÁRIO: Ciência contida na Bíblia

A Torre de Babel realmente existiu? Davi conseguiu matar Golias com uma pedra? É possível criar fogo a partir da água? Neste documentário, o tema abordado é a Bíblia, um dos documentos históricos mais antigos que existem. O exame dos textos bíblicos podem revelar o segredo de mistérios que, para alguns, são exagerados ou nunca ocorreram realmente.
Para acessar o documentário clique AQUI