quinta-feira, 17 de julho de 2014

5 imperadores romanos malucos

1- Cômodo
Busto do Imperador Romano Cômodo
Cômodo foi imperador de 177 a 192. Costumava descer à arena para lutar como gladiador em violentos espetáculos públicos. Mas, ao contrário do que acontecia nos combates comuns, o imperador não corria grandes riscos: seus adversários sempre o deixavam vencer e depois tinham as vidas poupadas. Além de se achar um gladiador invencível, Cômodo acreditava ser o semideus Hércules e exigia que o adorassem como tal.

2- Nero

Busto do Imperador Romano Nero
Nero foi imperador de 54 a 68. Ele foi responsabilizado pela morte de sua própria mãe, de sua primeira esposa e de ter mandado envenenar um meio-irmão. Provavelmente não foi Nero quem provocou um incêndio arrasador em Roma. Mas isso não limpa seu “currículo” de outras bizarrices, como o suposto hábito macabro de lançar cristãos a cães ferozes e esfomeados, que os despedaçavam vivos.

3- Heliogábalo

Busto do Imperador Romano Heliogábalo
Heliogábalo foi imperador de 218 a 222. Com um comportamento pra lá de excêntrico, castrou-se publicamente em nome de um culto religioso. Em outro momento, tentou impor aos romanos a adoração de um deus estrangeiro. O povo também acreditava que Heliogábalo era travesti, crença reforçada por seu costume de indicar para altos cargos rapazes que se destacavam só pela beleza.

4- Cláudio

Busto do Imperador Romano Cláudio
Cláudio foi imperador de 41 a 54. Desconfiado de que sua esposa promovia orgias com os amantes, ele teria ordenado que ela fosse executada, juntamente com 300 suspeitos de participar das festinhas. Entre as “diversões” de Cláudio estaria o hábito de assistir às sessões onde criminosos eram torturados até a morte. Também tomava decisões folclóricas, como autorizar a livre flatulência (pum!) durante os banquetes.

5- Calígula

Busto do Imperador Romano Calígula
Calígula foi imperador de 37 a 41. A maior loucura disseminada deste imperador, é que teria nomeado seu cavalo Incitatus como cônsul, alto cargo de oficial público que tinha como principal função comandar exércitos. Inclusiva, dormia com ele na cama. Calígula ficou famoso, também, por sua crueldade e pelas baixarias. Ele teria determinado que criminosos fossem servidos vivos como refeição para animais selvagens e foi acusado de ter transado com suas três irmãs.

BÔNUS

Adriano

Busto do Imperador Romano Adriano
Adriano foi imperador de 117 a 138. Admirador da cultura grega, Adriano decidiu reconstruir a cidade sagrada dos judeus, Jerusalém, adotando o estilo grego. Esse “capricho” teria agravado a insatisfação dos judeus, que iniciaram uma violenta revolta contra Roma. Chegou, também, a ser chamado de “Nero bem-sucedido” pela megalomania de suas obras públicas – por onde passava, fazia grandes monumentos.

10 terríveis trabalhos romanos

1- Nomenclator

Desenho de romanos conversando
nomenclator realizou um trabalho de vital importância. Ele era uma espécie de homem-agenda-calendário, que servia para lembrar nomes e eventos importantes. Hoje em dia, temos Iphones e Blackberries, entre outros dispositivos digitais, para armazenar os contatos que fazemos. No entanto, acho que todos já tiveram a experiência de conhecer alguém, anotar em papel o telefone, prometer contato mas, no dia seguinte, esquecer onde colocou o papel. Os romanos tinham um jeito muito melhor de lidar com isso. Eles arrastavam seus escravos para as festas, e forçavam eles a lembrar dos nomes e números.

2- Traficante de Escravos

Pintura de antigos traficantes de escravos
Traficante de escravos era alguém que vendia escravos – por negócios ou lazer. Geralmente, viajava atrás dos exércitos, com o objetivo de capturar os perdedores e vendê-los como escravos a gregos e romanos ricos. Ele, inclusive, comprava os filhos “indesejados” das famílias, com o objetivo de castrá-los e vendê-los como amantes a gregos e romanos ricos. Desta forma, fornecia uma alternativa de adoção aos pais que não queriam seus filhos. O lado ruim deste emprego (ironia) era que, geralmente, os traficantes de escravos eram assassinados por aqueles que não aprovavam a mercadoria.

3- Ornador

Pintura de um antigo ornador de cabelos
O trabalho de um cabeleireiro (ornador) é muitas vezes desprezado nos dias de hoje. E, antigamente, não era muito diferente. Mas, honestamente, um cabelereiro hoje deve apreciar seu trabalho, pois é muito melhor do que era há muitos séculos atrás. Imagine a cena: sua rainha imperial é loira, mas a moda é cabelos escuros e brilhantes. Se fosse hoje, a melhor solução seria colocar uma peruca decorativa. No entanto, não existia esta opção para o antigo ornador. Para dar ao cabelo da rainha o tom negro-abrilhantado, o ornador deveria usar uma mistura de bílis, sanguessugas podres e tintas de lula. Mas fica pior. Se a tal rainha fosse morena e quisesse uma tonalidade dourada para os cabelos, a mistura passava a ser cocô de pombo, cinzas e até xixi.

4- Virgem Vestal

Pintura de uma virgem vestal romana
“Procura-se fêmea, adolescente e virgem, para trinta anos de serviço. Deve ser romana, sem mutilações e não pode ser filha de escravos”. Aí está a descrição de uma virgem vestal. Estas atraentes e perfeitas garotas passavam trinta anos servindo Vesta, a deusa romana do fogo sagrado, da pira doméstica e da cidade. No templo, elas tinham que manter acesa a chama vestal e estavam em posição de grande honra – eram as únicas sacerdotisas da Roma Antiga. Agora, se alguma delas esquecesse, por distração, de alimentar a chama, seria flagelada (tipo de açoite) até sangrar. Se, neste intervalo de trinta anos, perdesse a virgindade, era enterrada viva. Pior ainda, se alguma virgem vestal preguiçosa deixasse, porventura, o fogo se apagar, não era apenas flagelada: deixar o fogo apagar tinha o significado simbólico de perder a virgindade. Assim, a pobre virgem, além de ser açoitada, era também enterrada viva!

5- Dentista

Antigo aparelho de dentista para arrancar dentes
Hoje, a odontologia é uma profissão respeitada e muito concorrida em vestibulares. Equipamentos modernos permitem cirurgias dentárias com alta precisão e o paciente pode manter uma higiene bucal relativamente decente, com a quantidade de produtos disponíveis no mercado. Agora, imagine a boca dos nossos ancestrais – que não tinham o hábito de escovar os dentes e comiam toda a sorte de alimentos estragados. Agora, imagine um deles com um grande abcesso, baita dor de dente, e ser o dentista que vai tratá-lo. Quem é fã de vinhos iria gostar, pois era usado como anestésico natural. Porém, quando a coisa piorava, eram necessárias medidas drásticas, como colocar ferro em brasa na gengiva e rechear o buraco carbonizado com peixe podre. É difícil dizer quem sofria mais: o dentista ou o paciente!

6- Fabricante de Vinhos

Tigela de fabricante de vinhos
Que trabalho poderia ser melhor do que fabricar vinhos – a colheita da uva nas primeiras horas, enquanto o orvalho ainda escorre das videiras, pisar a fruta com os pés, enquanto entoa lindas canções épicas, e, finalmente, após a fermentação, beber o delicioso néctar? Seria um ótimo trabalho, não fosse o fato do vinho ser, geralmente, contaminado com chumbo. Infelizmente, os romanos não sabiam dos riscos do chumbo, e geralmente adoçavam o vinho com esta substância química extremamente tóxica. Para piorar, ainda serviam o vinho em copos de chumbo.

7- Pregustador

Antigo bárbaro trabalhando como pregustador
pregustador era, em outras palavras, um provador de alimentos e vinhos. Ora, quem não desejaria ser pago para não fazer nada além de degustar os mais refinados quitutes das mesas imperiais? E a lista era vasta: pães temperados, patês, saladas exóticas e toda a sorte de carnes. Mas antes que a boca começe a salivar, há uma ressalva. Boa parte dos imperadores eram odiados, e muita gente queria vê-los mortos. E, naquela época, a melhor maneira de matar alguém sutilmente era através do envenenamento. Assim, é possível que os imperadores se deparassem com delícias envenenadas ao menos duas vezes durante seus reinados. Aí entrava em cena o pregustador, que abocanhava cada alimento antes do rei. E, se alguém no palácio iria morrer, provavelmente seria o pregustador.

8- Remador

Grupo de remadores romanos
A maioria de nós já passou pela experiência de frequentar uma academia para perder uns quilinhos. E, quem a frequenta regularmente, provavelmente já sentiu a dor que queima os músculos dos ombros e braços ao final de um treino puxado. No entanto, como pagamos a mensalidade, temos a opção de parar quando quisermos. O mesmo não ocorria com os pobres remadores das galés romanas. Primeiramente, porque eram escravos e forçados a remar. Segundo, porque a pausa para descanso não era uma opção inteligente, uma vez que implicava em açoite.

9- Depilador de Axilas

Pintura de um depilador de axilas romano
A questão aqui não é discutir se a depilação dos pêlos do suvaco causavam ou não dor ao depilado. A questão é falar de alguém que ganhava a vida fazendo este trabalho. Os antigos romanos adoravam esportes e os atletas treinavam dia após dia sob o sol, atentos à grande capacidade de seus pêlos reterem odores desagradáveis. Dessa forma, os homens – velhos ou novos – se submetiam à rotina de terem seus pêlos do suvaco cortados diariamente por um depilador de axilas. E nem precisa dizer que estes pobres depiladores lidavam com axilas extremamente cabeludas e mau cheirosas.

10- Delator

Judas fazendo o papel de delator de Cristo
Delator era o indivíduo que ganhava a vida dedurando outras pessoas. Por incrível que pareça, tinha gente que enriquecia desta forma, apesar de não ser considerado um “trabalho” oficial. Cada pequeno ou grande delito era dedurado. Se havia um pária social, odiado acima de tudo, era o delator. Alguns delatores eram extremamente criativos, pois eles eram pagos, independente da verdade por trás das acusações. O mais famoso deles foi, certamente, Judas Iscariotes.

BÔNUS: Gladiador

Gladiador romano na arena
Gladiadores eram lutadores escravos treinados na Roma Antiga. Eles se enfrentavam para entreter o público, e o duelo só terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou ferido sem poder combater. Geralmente, lutavam para conquistar a liberdade, que só vinha depois de muitas lutas e dependia do bom humor do imperador. Havia certa glória em ser gladiador, e muitos desfrutavam de muita popularidade. Mas, sinceramente, qual era a probabilidade de sair vivo para contar esta história depois?

domingo, 13 de julho de 2014

A história do Cristo Redentor

Cristo Redentor, braços abertos sobre a Guanabara  – essa é uma das canções que fazem referência a um dos monumentos mais lindos e mais visitados do mundo – O Cristo do Rio de Janeiro.

A inauguração desse monumento de números fantásticos aconteceu em 12 de agosto de 1931. O Cristo Redentor tem 38 metros de altura, peso de 1145 toneladas e está localizado no topo do morro Corcovado, a 710 metros do nível do mar, no Parque Nacional da Tijuca. Realmente o Cristo representa uma das mais belas visões que alguém pode ter, e é um verdadeiro ícone do turismo brasileiro.

Tanto que, em 2007, o monumento do Cristo foi eleito uma das maravilhas do mundo.

A história dessa maravilha remete a uma ideia que vem do ano 1859. Numa visita ao Rio de Janeiro, o padre Pedro Maria Boss, sugeriu que fosse erguido no topo do morro do Corcovado um monumento religioso.

Essa sugestão foi levada à princesa Isabel, que deu o primeiro apoio oficial ao projeto. Mas isso só veio a tornar-se realidade depois de 1912, quando o Cardeal Dom Joaquim Arcoverde, passou a perseguir a idéia da construção de um Cristo para mostrar que a Igreja católica estava presente entre o povo brasileiro.

Em 1921 o projeto do Cristo Redentor foi retomado, tendo como foco as comemorações do Centenário da Independência do Brasil. O morro do Corcovado foi escolhido para abrigar o monumento por se tratar do local mais alto da cidade.

Em 1922, um abaixo-assinado com mais de 20 mil nomes solicitou ao presidente Epitácio Pessoa que a estátua fosse construída. O presidente, então, doou o topo do Morro do Corcovado para a construção do monumento.

A pedra fundamental do Cristo Redentor foi lançada no dia 4 de abril de 1922. E em 1923, o projeto do engenheiro Heitor da Silva Costa foi escolhido para a obra.

A imagem do Cristo foi desenhada pelo artista plástico Carlos Oswald e projetada pelo arquiteto francês Paul Landowsky.

A campanha que arrecadou fundos para a construção do Cristo durou dez anos e o monumento foi feito com esse dinheiro. Ao contrário do que muitos pensam, o Cristo não foi construído com doações da França, e muito menos foi um presente do governo francês para o Brasil.

A obra iniciou-se em 1926, e toda a montagem durou cinco anos, sendo finalizada em 1931.

Em 1931, na ocasião da inauguração do Cristo Redentor, o mau tempo impossibilitou uma visão espetacular do monumento. Mesmo assim, a cerimônia contou com a presença do chefe do Governo Provisório, Getúlio Vargas e com a Bênção do cardeal Dom Sebastião Leme.
O morro do Corcovado antes da construção do Cristo Redentor, século XIX.

Datas importantes na história do Cristo Redentor:
  • Em 1932, o Cristo ganhou uma iluminação definitiva.
  • Em 1942, uma estrada de cimento foi construída para facilitar o acesso de automóvel ao Morro do Corcovado.
  • Em 1973, o conjunto paisagístico do monumento foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan).
  • Em 1980, o monumento recebeu a primeira reforma por conta da visita do Papa João Paulo II ao Brasil.
  • Em 2005, 17 integrantes do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovaram, por unanimidade, o tombamento do Cristo Redentor.
  • Em sete de julho de 2007, o Cristo Redentor foi eleito como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo, com mais de 100 milhões de votos.