Como usar lousa e giz na sala de aula
A
princípio, estas dicas podem causar um estranhamento. Afinal, em pleno séc.
XXI, com acesso a recursos digitais inovadores, por que falar em ferramentas
tão antiquadas quanto os centenários quadros negros? Se mesmo as escolas mais
pobres contam com sala informatizada e aparelhos de data show, porque bater a
tecla no bolorento giz?
Podemos destacar as
dificuldades que a escola e, consequentemente, os professores têm em utilizar
este tipo de tecnologia. É fato que muitas escolas não ensinam o professor a
utilizar a lousa e giz, empurrando o mesmo para a sala de aula, como se a
experiência anterior como aluno, ou mesmo a posterior graduação, fossem
suficientes medidores de competência didática.
As dicas
As
dicas serão apresentadas com adaptações.
1. Use diversas cores de giz e não
apenas o giz branco: o
giz é uma ferramenta pobre e se você usar apenas giz branco sua lousa será
horrivelmente monótona. Procure usar uma padronagem coerente de cores: por
exemplo, use sempre as mesmas cores para cada categoria como títulos,
subtítulos, destaques, anotações importantes, etc.
2. Divida corretamente o espaço da
lousa: deixe
um espaço de meio metro à esquerda da lousa para anotações sobre a pauta da
aula, data, capítulo, etc. e mantenha esse pedaço da lousa sem apagá-lo durante
toda a aula. Deixe outro meio metro do lado direito da lousa para anotações
provisórias (como contas ou outras anotações que poderão ser feitas e apagadas
durante a aula). Use sempre uma mesma cor para fazer linhas divisórias.
3. No espaço restante da lousa, procure
fazer divisões em retângulos tanto mais próximos quanto possível do “retângulo
de ouro”: se
sua lousa tem 1 m
de altura, faça divisões com comprimentos de 1,6 m cada uma,
aproximadamente (ou seja, você deve dividir a lousa em retângulos cujo
comprimento seja 1,6 vezes maiores do que a altura.
4. Use letras grandes e traços grossos: Até o aluno de visão mais aguçada ficará
grato se não tiver que adivinhar o que foi que você quis escrever com aquela nanoletra
ilegível que você mesmo mal enxerga estando a dez centímetros dela.
5. Se sua letra for feia, treine muito
até que ela fique bonita: professor
não é médico e lousa não é receituário. Ou você escreve de uma forma legível e
com letra bonita e caprichada ou passa a usar artefatos tecnológicos que o
dispensem disso (como notebooks e datashows, por exemplo).
6. Dê palestras, não “aulinhas”: Use uma vareta ou uma régua de 1 m como apontador para indicar
aquilo sobre o que estiver falando durante suas explicações (apontadores laser
não funcionam muito bem em lousas escritas com giz) e jamais fique de costas
para a sala durante as explicações.
7. Prepare sua aula e o uso da sua
lousa: certifique-se
de que colocará na lousa apenas o essencial para organizar as idéias, conceitos
e informações que serão apresentadas e trabalhadas em aula. Use a lousa como
ferramenta de apoio e não como desculpa para enrolar a classe.
8. Não seja conivente com a
irresponsabilidade: Se
sua escola não fornecer giz colorido, apagadores ou lousas onde se possa
escrever, escreva um e-mail solicitando em caráter emergencial o que lhe falta
e envie para a Secretaria de Educação do seu município ou do seu estado, a
cargo da área pedagógica.
9. Recolha todas as pontas pequenas de
giz que sobrarem depois da aula e leve-as com você: se a escola não tiver quem as recolha e
recicle, jogue-as no lixo da sala dos professores. Isso evita que encontremos
pontas de giz espalhadas pelos corredores e aconteçam pequenas guerrilhas
coloridas na sala de aula.
10. Use sempre um creme para as mãos à
base de silicone antes de usar o giz: O giz resseca a pele da mão, causa
ruptura nas cutículas, é horrível para limpar, fica grudado debaixo das unhas
(principalmente para quem tem unhas grandes) e se aspirado ao longo de muito
tempo seu pó pode causar câncer, enfisema e outras doenças decorrentes da
acumulação de seus minerais no pulmão.
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